Diferença entre Design de Interiores e Arquitetura

design de interiores

O design de interiores relaciona o ambiente interior existente com a funcionalidade da vivência, trabalhando o posicionamento do mobiliário, as texturas e padrões de superfícies, enriquecendo a experiência arquitetónica.

O arquiteto é quem projeta a construção num todo, volumetria, implantação, funcionalidade, estética, projeta o envelope exterior das construções e os espaços interiores.

As abrangências acabam por se cruzar e é muito comum admitirmos que um arquiteto desenvolve o trabalho de arquitetura de interiores que corrobora a integração do campo da arquitetura que materializa o exterior, na experiência dos espaços interiores.

Assim podemos dizer que a maior diferença entre o arquiteto e o designer de interiores é que o primeiro, orquestra e projeta a totalidade da edificação, exterior e interior, o desenho urbano e as regras da construção e requisitos técnicos e legais. O designer de Interiores é voltado para os interiores construídos, promovendo transformação espacial do ambiente, com a estética e o conforto, e por vezes a decoração. Define revestimentos, acabamentos, cores e distribuição de móveis e objetos nos ambientes.

É assim normal que a mesma equipa de arquitetura, desenvolva um projeto integrado com o detalhe do exterior e interior, como desenvolvemos na spacelovers, onde trabalhamos também o design de interiores.

O QUE ENGLOBA O DESIGN DE INTERIORES?

O designer de interiores é quem cria e desenvolve projetos de espaços interiores, considerando as vertentes estéticas, simbólicas, em sintonia com a ergonomia da utilização. A criação de espaços funcionais deve aproveitar ao máximo as características arquitetónicas do edifício onde se insere, reformulando o espaço construído, mas sem alterar tipologias e criar ampliações que não estejam previstas como obras de escassa relevância urbanística.

Para decorador ou designer de interiores, são intervenções fora do seu campo de atuação legalmente.

O space planning interior é uma das componentes do design de interiores. Integra ainda a criação e revisão de layouts, no desenvolvimento de mobiliários personalizados para uma obra. É ainda campo de atuação do design de interiores o desenvolvimento de cenários. Trata-se de um trabalho que se limita ao interior, e pode auxiliar também o arquiteto a resolver espaços do objeto construído, agregando mais-valia e trabalhando em equipa para a obra se tornar de qualidade.

A descrição de uma edificação ou a realização de um projeto de remodelações, é também definido pela busca dos melhores materiais e formas de aplicação.

O design de interiores relaciona-se com a resposta a problemas que procuram melhorar a qualidade de vida, a saúde, a acessibilidade nos interiores e a segurança.

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COMO SER DESIGNER DE INTERIORES?

O designer de interiores é um profissional que normalmente tem uma formação superior, muito embora, não exista até à data a necessidade legal para exercer esta profissão, que tenha de ter um diploma em design de interiores.

Este profissional é conhecedor das normas técnicas de ergonomia e das especificidades de confortos térmico, acústico e lumínico.

 

COMO SE TORNAR ARQUITETO?

Para se ser arquiteto em Portugal, é necessário completar o curso de arquitetura, que corresponde a 5 anos, com um estágio. Após esta formação, terá de cumprir os requisitos para integrar a Ordem dos Arquitetos que é a instituição responsável por admitir e gerir a classe profissional. Somente com a sua integração, o arquiteto pode exercer distintas funções e os atos próprios da profissão.

Esta profissão requer conhecimento teórico, prático e técnico que de adquire durante o curo, contudo a experiência profissional tem uma importância extrema.

A experiência em obra é onde se consegue compreender e traduzir os sistemas construtivos e entender no terreno as dificuldades de execução e como são os desenhos “lidos” em obra pelos vários intervenientes.

O arquiteto relaciona o seu trabalho com a comunidade e a com relação ao lugar, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas que neles vivem e trabalham.

A construção do espaço interior e exterior, abrange ainda a conservação e a valorização do património construído, sempre que se trate de imóveis existentes.

O QUE FAZ UM ARQUITETO?

A área de atuação do arquiteto é mais ampla do que a do designer de interiores. O arquiteto desenvolve projetos de casas novas, projetos de remodelação, projetos de reabilitação, renovação de apartamentos, remodelações de moradias, entre outros.

O trabalho de arquitetura é não só estético, mas também muito técnico, abrangente e legislativo. As soluções de projeto são sempre o resultado de uma resposta a um briefing que tem de ter em conta as condicionantes de um lugar, seja ele um terreno, seja uma edificação existente, assim o contexto é um mote relevante para o desenvolvimento de qualquer projeto.

Os projetos de arquitetura correspondem não só à execução de plantas, desenhos técnicos e detalhes construtivos, mas também a peças escritas que acabam por ser elementos fundamentais para garantir as aprovações das entidades licenciadoras (em licenciamento e comunicação prévia), mas também para garantir a caracterização da construção que se pretende executar.

Sempre que necessite de realizar obras, deve consultar um arquiteto para garantir que a intervenção que executará se enquadra como obras isentas de controlo prévio, ou se tem legalmente, que responder a um controlo prévio como descrito acima.

Dificilmente um designer de interiores saberá informá-lo acerca do enquadramento legal de uma obra de construção. Em alternativa, poderá informar-se junto da Câmara municipal, apresentar os trabalhos que pretende ter essa noção de forma clara.

A atribuição legal e a responsabilidade civil incutida a um arquiteto perante as suas obras, é a capacitação que lhes permite, quando subscreve projetos, de formalizar projetos de alterações em paredes, ampliações e/ou demolições. De notar que poderá ser necessária a presença e a consulta de vários engenheiros para a sua obra.

Cabe ao arquiteto realizar estudos e os cálculos necessários para que a construção do edifício cumpra as legislações em vigor. É também o arquiteto que assume, grande parte das vezes, a função de coordenador de projetos, que garante a compatibilização de todos os projetos que envolve a construção, como são os projetos de especialidades.

E OS ENGENHEIROS?

Os engenheiros têm um papel fundamental, não só para projetos de construção nova, mas também para reabilitação de edifícios — onde a estrutura e as infraestruturas sofrem alterações ou são criadas do zero. Assim, quando consultar o arquiteto para descrever a sua obra, ele/a saberá dar-lhe o enquadramento da equipa técnica que é necessária trabalhar em conjunto para colocar as suas ideias em prática e em segurança. A presença de um engenheiro para o design de interiores já não é tão relevante, pois o trabalho já não é tão técnico, é mais visual e estético.

 

E O DECORADOR DE INTERIORES / DESIGNER DE INTERIORES?

Este artigo não estaria completo se não abordássemos o tema da decoração de interiores. É importante que a correspondência das profissões se torne definida, mas não deixam todos os profissionais de trabalhar para o mesmo fim — o conforto com a criação de espaços com qualidade.

Existe assim uma maior correlação do design de interiores com a decoração de interiores, ambas as disciplinas são voltadas para a estética e o conforto à escala do espaço interior. Na decoração de salas modernas, o decorador de interiores trabalha em conjunto com a equipa de arquitetura e / ou de design, uma vez que é um dos espaços mais exigentes da casa. Na verdade, qualquer escala de projeto é interessante trabalhar, mesmo a decoração de sala pequena, a decoração hall de entrada ou a decoração de casa de banho pequena e moderna.

Embora existam cursos de curta ou média duração, o decorador não necessita de um curso superior para exercer a sua profissão. Certamente que a formação é importante em qualquer setor de atividade, contudo, existem muitos profissionais que são autodidatas e que são o resultado da prática e experiência. A decoração escandinava é um estilo muito em voga e praticado por muitas pessoas sem formação na área, mas que são entusiastas e que pesquisam bastante sobre o tema e assiste-se a aplicação destes conceitos na decoração do quarto minimalista e de quarto casal moderno.

O decorador de modo geral, escolhe móveis, acessórios como cortinados, almofadas e tapetes, plantas e flores, cores, que não alterem a disposição dos espaços, mas enriquecem os ambientes, como por exemplo na decoração de apartamentos pequenos, onde as decisões específicas e a composição visual, garantem respostas às necessidades dos Clientes, onde particularmente o espaço disponível é reduzido. A decoração de escritórios é também uma necessidade fundamental para qualquer negócio que pretenda uma presença e influência forte no seu setor de atividade. A iluminação interior é também uma disciplina importante incluir nos projetos de design de interiores. Demos especial atenção à iluminação artificial para os projetos de decoração de casas modernas.

Na decoração de jardins exteriores ou, na decoração de terraços exteriores ou, na decoração de varandas o contributo do designer de interiores é fundamental. Com a sua análise de espaço, requisitos práticos e condicionantes do local, a fomalização e desenvolvimento de um projeto coordenado pode promover a requalificação destes espaços que são muitas das vezes deixamos para segundo plano.

OBRAS INTERIORES: TRABALHO DE EQUIPA É FUNDAMENTAL

Por possuírem muitas características em comum, podem gerar algumas dúvidas de atuação, mas estas profissões são todas elas, complementares. Ao atuarem em torno da esfera da construção e design de interiores, é frequente que surjam dúvidas quanto às responsabilidades de cada profissional e, por vezes, a escolha de um arquiteto ou um designer de interiores, ou até mesmo um decorador é normal. O trabalho dos vários interveninentes é recomendável e necessário, como é o exemplo da decoração de cozinha que deve passar por uma sintonia de trabalho, para garantir as expectativas do Cliente, quer em termos de iluminação, electricidade, canalizações, ventilação, assim como, prever o suporte nas paredes se necessária para alguma fixação específica.

Antes de contratar qualquer serviço, deve procurar saber a extensão da intervenção que pretende. Se a intervenção for apenas interior, sem alteração de paredes, estrutura e de tipologia, poderá optar por um designer de interiores ou arquiteto de interiores, ou até decorador, que lhe ajudarão a compor espaços equilibrados através da seleção de cores, elementos decorativos e mobiliários. Se a intervenção for mais profunda, aí vai de certeza precisar dos serviços de um arquiteto geral, que saberá informá-lo dos requisitos técnicos a cumprir e se precisará de mais técnicos, como engenheiros para a sua obra.

Lembre-se que o arquiteto caracteriza-se como o maestro da obra, é quem orquestra a jornada, mas é um trabalho de equipa, dependendo de todos os intervenientes, incluindo todos os engenheiros de especialidades, eventualmente ainda poderá ser necessário o contributo de um arquiteto paisagista, o empreiteiro e claro o dono de obra.

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